No post da semana passada contei a minha história com o macarrão – A influência do macarrão um dos pratos mais frequentes nas mesas do mundo, não só na minha casa. Muitos pensam que o macarrão é de origem italiana. Outros o conhecem como de origem chinesa, que Marco Polo, em suas andanças pelo mundo, levou para a Itália. Entretanto, uma versão muito aceita pelos historiadores, é a de que os árabes, lá no século IX, na sua saga pela conquista de outras terras, avançaram pelo Mediterrâneo, levando essa massa até a Sicília, a maior ilha ao sul da bota. E é do dialeto siciliano daqueles tempos, que a palavra macarrão se originou. O termo era macaronis, do verbo maccari, que significava achatar. Era uma massa que se achatava para cozinhar e comer.
Como o italiano melhora tudo o que lhe cai nas mãos, o tal do macaronis virou pasta, hoje símbolo da comida italiana, e que transita bem em qualquer parte do mundo. No Brasil chamamos de macarrão. Na Alemanha tem o spaetzle. Na Grécia o orzo, no Japão o udon. Os italianos chamam de macarrão – macheroni – só aquela pasta com formato de tubos estreitos e curtos, o resto é pasta.
Além de terem transformado a mistura de água e farinha, e ovos, num alimento do dia a dia, ao tomarem contato com o tomate – importado do novo mundo – criaram uma combinação perfeita: pasta com molho de tomate, uma dupla infalível. O conceito italiano de pasta tem que ser bem conhecido para ser compreendido e não ser vulgarizado. São várias as classificações. Existe a pasta fresca – aquela feita na hora – e a massa seca – a durinha, vendida em pacotes, no supermercado. Existe a com e sem ovos. Tem ainda a curta, a longa, a laminada e a recheada. As pastas curtas têm uma variedade grande de formatos – conchinhas, argolinhas, letrinhas, ave-maria, padre-nosso, pena, gravatinha, parafuso, rigatoni….não dá pra citar todas. As menores são perfeitas para uma sopa ou num brodo. As longas são o espaguete, o furadinho, talharim, papardele, e outras mais. Vão muito bem com os molhos de tomate. As lâminas são usadas preferencialmente para uma deliciosa lasanha. As recheadas?? Valha-me Nossa Senhora!!! São divinas. Ravioli, rondeli, caneloni, tortelini, capeleti. Recheios e molhos de muitos sabores!!! Parece uma infinidade… e é uma infinidade.
Mas, lembre-se: para ser a ‘vera pasta italiana’, é necessário que seja feita de farinha de grano duro e que seja cozida ‘al dente’. E, o que engorda, não é a massa. É o recheio e o molho que se coloca nelas.
Tem muito mais a falar do macarrão. Prefiro parar por aqui. Vou pra cozinha fazer um espaguete alho e óleo, com lasquinhas de pimenta, e um belo punhado de parmesão ralado. Claro, acompanhado de uma taça de vinho.
Estão servidos?