Com a recente morte de Tom Veiga, o Louro José, voltou à tona uma das doenças que mais mata no Brasil e a que causa maiores incapacidades pelo mundo, o AVC – Acidente Vascular Cerebral. A morte súbita desse ator deixou a todos sem entender direito o que aconteceu e deve ter colocado uma pulguinha atrás da orelha de muita gente. Então, vamos falar um pouco sobre essa doença que afeta, preferencialmente, pessoas com mais de 40 anos e, em ainda maior frequência, os maiores de 60 anos.
O cérebro recebe oxigênio e nutrientes pelo sangue que nele circula. Os vasos sanguíneos que por ali caminham têm a grande tarefa de alimentar o órgão mais importante do corpo. Caso o fluxo de sangue que percorre esses vasos seja interrompido drasticamente, o cérebro deixa de receber seu alimento, alterando a realização de suas funções. Claro que esta é uma forma bastante simplista de explicar esse complexo trabalho, mas o que importa mesmo é entender o que é o AVC, como acontece e se é possível preveni-lo. Então, vamos lá.
Existem dois tipos de AVC: 1- quando há interrupção ou redução brusca do fluxo sanguíneo (por coágulo ou placas de gordura), em um determinado ponto do cérebro, é chamado de Isquêmico – AVCI, é o mais comum; 2- quando algum vaso do cérebro se rompe e causa vazamento de sangue na região, é chamado de Hemorrágico – AVCH, o mais grave. No AVCI, as células do cérebro não recebem a nutrição e começam a morrer. No AVCH, o sangue derramado (daí o nome mais comum Derrame), pode se espalhar e degenerar o tecido nervoso da região, além da interrupção na sua circulação. O que vai determinar a gravidade do AVC é a extensão e localização do dano, pode ir de um grau leve até à morte.
São várias as causas que levam ao AVC, todas já bastante conhecidas e tantas vezes negligenciadas. Temos que retomar a repetitiva, cansativa e chata conversa dos médicos: alimentação saudável, exercícios físicos, controle da pressão arterial, do colesterol, do diabetes, da obesidade, fumo, álcool…Pois é…se essa conversa é esquecida e pouco seguida, o risco de acontecer um AVC aumenta.
Ter um AVC leve, que deixe poucas ou nenhuma sequela, pode ser um bom motivo para preocupação, uma lição pra focar mais na saúde, cuidando para que não haja uma segunda vez.
Ter um AVC gravíssimo, que leva à morte, certamente será trágico e sofrido para familiares e amigos – como no caso de Tom Veiga -, mas para você, é só deixar de viver, a doença acaba aqui.
Agora, cara!!!! Ter um AVC que deixe sequelas………Elas até podem não ser tão graves e você conseguir uma boa reabilitação, mas podem te deixar numa cadeira de rodas ou na cama. De qualquer forma, vão afetar muito a sua vida. Seu sistema motor ficará alterado com paralisias, dificuldades de locomoção, alterações de equilíbrio e força. Você terá sua fala e memória prejudicadas, além de interferência na compreensão do que os outros falam pra você. E, já imaginou como ficará seu emocional? Com pouca autonomia, dependência para várias atividades, uma infindável reabilitação com fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos….
Dá pra concluir, sem nenhum receio de errar, que o melhor é tentar fazer com que esse AVC só chegue se estritamente necessário. Vai lá, ouça e siga o que seu médico orienta!
Se o AVC tiver que acontecer, o melhor é cuidar dele. Ficar atento aos sinais e sintomas que o seu corpo manda, ajuda muito pois o socorro deve vir o mais rápido possível. Fortes dores de cabeça, dificuldades para falar, paralisias de membros ou da face, alterações de visão e dormência inexplicadas? Procure socorro médico imediatamente!!!
Tentar prevenir é sempre o melhor caminho e você merece isso!!
https://neurologie.com.br/conteudo_37_como-prevenir-o-avc.html
https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/sua-saude/Paginas/avc-pode-ser-prevenido-tratado.aspx
