Quem não gosta de um arroz soltinho, cheiroso, com aquele tempero de cebola e alho, e que vai bem com tudo? Prato essencial do brasileiro, presente na mesa do dia a dia e também em todas as ocasiões especiais. Puro ou, formando a dupla mais degustada, com o feijão, também acompanhado de verduras, legumes e outros cereais. Vai muito bem com carnes, presente na canja, feito ao forno com uma boa diversidade de recheios, no bolinho frito. E o arroz com ovo, quem não gosta? Tem o de carreteiro, com linguiça, o baião de dois, o arroz doce.

O arroz é originário da Ásia, com referências de cultivo de mais de 5.000 anos. Foi Pedro Álvares Cabral quem o introduziu no Brasil e aqui tornou-se popular e prato símbolo do país, formando com o feijão, uma salada e uma carne, uma refeição bastante equilibrada e nutritiva. Existem muitas variedades de arroz e o mais consumido por aqui é o agulhinha.

Minha mãe, imigrante italiana, chegou ao Brasil quando tinha 26 anos. Vinda do interior da Itália, pouco conhecia o arroz e, segundo ela, lá era comida pra doente. Vivendo e criando os filhos nesta terra, acabou por adaptar-se ao consumo do arroz sem, claro, nunca deixar de lado uma boa macarronada. 

Depois de muitos anos difíceis, conseguiu voltar para a sua terra. Chegando lá, além de todos os pratos tradicionais italianos, foi apresentada ao arroz. Era um arroz empapado, bem temperado sim, mas um pouquinho cru por dentro e pastoso por fora. Prontamente ela, chegada do Brasil, alegou que os italianos não sabiam fazer arroz e que ela, sim, faria um arroz de verdade. Ela bem que tentou, mais do que uma vez…. e, claro, não conseguiu acertar o ponto, sempre empapava. Decepcionada, desistiu.

Anos mais tarde, com a chegada do arroz arbóreo, importado da Itália, viemos a entender o que tinha acontecido. Eram tipos de arroz bem diferentes. O arbóreo, assim como o carneroli, nunca ficaria soltinho como o agulhinha. O grão italiano tem um grande poder de absorção e libera muito amido, o que faz com que fique deliciosamente cremoso. Na Itália é feito ‘al dente’ como o macarrão. Combina com uma infinidade de complementos e fica muito saboroso. E também, fácil de preparar.

Aí vai minha primeira receita, aprendida na Itália, com o arroz italiano: Risotto con spinaci e gorgonzola – Risoto de espinafre com gorgonzola.

Ingredientes

2 xícaras de arroz arbóreo ou carneroli

200 gr de gorgonzola

1 maço de espinafre com as folhas lavadas e cortadas 

1 colher de sopa de manteiga

1,5 litros de caldo de legumes bem quente

1 cebola picada

100 ml de vinho branco seco

Queijo parmesão a gosto

Modo de preparo

Refogue a cebola no azeite até ficar transparente. Acrescente o arroz e envolva bem com a cebola. Acrescente o vinho e mexa até evaporar.

Acrescente o caldo aos poucos, mexendo sempre. Isto vai soltar o amido do grão e deixar o risoto bem cremoso. Acrescente o espinafre na metade do cozimento e vá colocando mais caldo até o arroz ficar al dente, ou seja, com uma pequena resistência no seu interior. Desligue o fogo, acrescente o gorgonzola e a manteiga mexendo bem para incorporar tudo.

Sirva imediatamente com queijo parmesão ralado. Dá duas a quatro porções, dependendo da fome.

E, bom apetite!

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