Vivemos dias nos quais o fundamental, e a maior busca de todos nós, é ter boa saúde. É o melhor presente a ser recebido e cultivado. É o maior bem que podemos desejar a amigos e familiares. É a riqueza que provê e proverá a vida. A experiência vivida há mais de um ano, com um vírus nos cercando por todos os lados, levando embora milhares de seres humanos, deixando rastros desoladores e com perdas tão significativas, nos leva a refletir sobre a fragilidade que é viver neste mundo.

A ciência evoluiu muito nos últimos séculos propiciando a oportunidade de conhecer os males que prejudicam a saúde e também as formas de combater esses males. A cada nova doença descoberta, a ciência sai à procura do que pode amenizá-la ou curá-la de vez. Assim está acontecendo com a Covid19. Os cientistas conseguiram, num tempo muitíssimo curto, apresentar diversas vacinas que atenuam o poder do vírus e já estão em fase de testes alguns medicamentos que podem combater o mal que ele traz.

As notícias de que esta pandemia é um início para tantas outras que estão por vir e, o que é pior, em intervalos de tempo cada vez mais curtos, trazem um certo desalento e um tantão de preocupação. Não vamos mais viver em paz? Então, é fundamental que os olhos se voltem para o futuro, quem sabe prevendo ou, o que é mais importante, aprendendo a lidar e minimizar os efeitos dos novos vírus e bactérias, ou qualquer outra doença. 

A OMS – Organização Mundial para a Saúde, percebendo as dificuldades e inadequações dos sistemas de saúde no enfrentamento da Covid19, e com a ameaça de atraso no progresso da saúde global no combate a doenças infecciosas, colocou alguns itens importantes a serem observados e enfrentados para vencer desafios de saúde para 2021, e que servirão também para os próximos anos. Vamos ver alguns deles.

– Construir solidariedade global para a segurança da saúde mundial, onde cada país poderá trabalhar para melhorar sua própria preparação para pandemias e emergências de saúde. Para isso, se propõe a criar e alavancar parcerias visando treinar forças de trabalho com assistência médica e saúde pública de alta qualidade.

– Acelerar o acesso a diagnósticos, vacinas e medicamentos para a Covid19, dando acesso equitativo a todos os níveis da sociedade.

– Saúde de qualidade para todos através da implementação de um programa de atenção primária à saúde

– Combater desigualdades em saúde, buscando, pelo menos, atenuar as disparidades que persistem em muitos países, e garantir acesso equitativo a serviços de saúde de qualidade.

– Liderança global a partir da ciência e dos dados, monitorando e avaliando os desenvolvimentos científicos em torno da Covid19, identificando e utilizando os avanços para melhorar a saúde global.

– Agir de maneira solidária, ou seja, a necessidade de se demonstrar maior solidariedade entre países, culturas e pessoas.

Podemos perceber que a intenção das diretrizes da OMS são bastante saudáveis e meritórias de seguimento e aplicação. O plano de futuro, buscando um enfrentamento mais concreto dos problemas de saúde que estão por vir, baseiam-se na ciência, na equidade de atenção e cuidados, e na ação global e individual de cada ser humano, na compreensão e ajuda que se fizerem necessárias.

Estaremos dispostos a abrir mão do que temos?

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