A nossa história, do nosso povo, da nossa cidade, está escrita, entre outras coisas, no nosso patrimônio cultural. E aí estão incluídos imóveis de todos os tipos, igrejas, escolas, monumentos, bairros, grupos históricos e áreas culturais, entre outros. Para a devida preservação, prevista inclusive na nossa Constituição, esses bens são “tombados”, pelo Iphan, Condephaat, e Conpresp, respectivamente órgãos federal, estadual e municipal.
Porém, nem todos esses patrimônios são de conhecimento da maioria dos habitantes da cidade, mas são símbolos que nos levam a uma jornada cultural e arquitetônica, desde os tempos coloniais até o modernismo do século 20. Vamos conhecer alguns deles…
O Museu de Saúde Pública Emilio Ribas é uma das mais antigas construções preservadas no bairro do Bom Retiro. O prédio é de 1893 e ali funcionava o Antigo Desinfectório Central, onde eram tratadas doenças infectocontagiosas e se combatiam epidemias. Atualmente é um museu dedicado à história da saúde pública e pode ser visitado.
A Casa da Cultura de Santo Amaro, é remanescente do tempo em que o atual bairro era um município independente. É uma construção de 1897, tombada na década de 1970. Está dentro do Eixo Histórico de Santo Amaro, cujo núcleo urbano foi tombado em 2002, pertencem ao núcleo o Largo Treze, a antiga Prefeitura e a Biblioteca Presidente Kennedy.
A Casa do Tatuapé, cujo registro indica que foi construída na década de 1690, é uma das poucas construções coloniais que sobreviveram ao desenvolvimento da cidade. Era inicialmente uma residência, no século 19 funcionou como uma olaria, atualmente é um local onde são promovidas atividades socioculturais. Fica aberta de terça a domingo, das 9h às 17h e a entrada é gratuita.
A Vila dos Ingleses no bairro da Luz é um conjunto de 28 casas assobradadas, construídas entre 1915 e 1919. Lindas, são de estilo vitoriano, com influências do colonial brasileiro.
O Teatro Municipal da Moóca Arthur Azevedo, construído em 1952, é um representante da arquitetura modernista da cidade. Fez parte de um projeto pioneiro que criou teatros regionais, como o João Caetano, na Vila Clementino e o Paulo Eiró, em Santo Amaro. Passou por uma reforma em 2015 que preservou seu estilo arquitetônico original.
Em 1929, o Templo Beth-El, foi erguido pela comunidade judaica e era utilizado para atividades espirituais e beneficentes. Depois de tombado, passou a abrigar o Museu Judaico de São Paulo. Foi restaurado, mas manteve seu estilo bizantino.
Outros bens tombados: o conjunto fabril da Companhia Brasileira de Cimentos Portland, em Perus, construído em 1925; o Instituto de Educação Caetano de Campos, na Praça da República, que hoje abriga a Secretaria Estadual da Educação; parte do terreno da Chácara Klabin, pela sua qualidade ambiental e paisagística, onde estão o Parque e a Casa Modernista; Conjunto Residencial Savóia, em Campos Elíseos; o antigo Gasômetro; Armazéns da antiga São Paulo Railway.
Enfim, apenas alguns foram citados. A cidade tem uma infinidade de prédios, igrejas e espaços, muitos deles abertos à visitação pública, com móveis, objetos e muita história pra contar.
Quem quiser saber mais pode consultar o Portal Geosampa, que dispõe de todas as informações sobre as áreas tombadas e protegidas.
Em São Miguel, além da Igreja ou Capela de São Miguel Arcanjo, há outro local tombado pelo IPHAN: uma construção de taipa do período colonial ali no início da Avenida Assis Ribeiro. Como é mesmo o nome daquele local?