Paraty é uma pequena cidade colonial do Rio de Janeiro, a cerca de 4h de São Paulo, considerada Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Oficialmente foi fundada em 28 de fevereiro de 1667, e foi se desenvolvendo ao redor da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, padroeira da cidade. Porém, alguns historiadores relatam que a cidade é ainda muito mais antiga.
É cheia de encantos arquitetônicos e belezas naturais, passear pelas ruas de Paraty nos leva a outro mundo. Seus casarões, suas ruas de pedras, chamadas “pés de moleque”, revelam uma época, que nos faz imaginar como era a vida no Brasil de antigamente.
Paraty viveu seus tempos de glória, quando teve grande importância econômica, possuía engenhos de cana de açúcar e produzia aguardente. No século XVIII era um importante porto, responsável por escoar ouro e pedras preciosas de Minas Gerais para Portugal.
Por alguns anos ficou isolada, mais ou menos até a metade do século XX, mas com a abertura da Estrada Paraty-Cunha, e principalmente, após a construção da Rodovia Rio-Santos, na década de 70, tornou-se um pólo de turismo nacional e internacional.
É uma cidade cheia de curiosidades e peculiaridades. Foi considerada uma cidade da maçonaria e com razão. No século XVIII as portas e janelas da maioria das casas eram pintadas de azul e branco, assim como a cidade portuguesa de Óbidos, uma cidade maçônica. Na verdade, os maçons foram responsáveis pela urbanização de Paraty e seus traços estão, inclusive, no traçado de suas ruas.
Entre os muitos privilégios de Paraty, além do seu valor histórico e cultural, sem dúvida alguma está sua divina localização. É cercada pela Mata Atlântica por todos os lados. Em seu território estão o Parque Nacional da Serra da Bocaina, a Área de Proteção Ambiental de Cairuçú, a Reserva de Joatinga e ainda faz limite com o Parque Estadual da Serra do Mar.
Paraty não tem ladeiras, é uma cidade plana, no centro histórico não circulam carros e nas marés cheias é comum as águas invadirem suas ruas próximas ao cais.
Mas, o que fazer em Paraty? A cidade tem muitas festas folclóricas e religiosas, porém, devido à pandemia, estão todas suspensas.
Mas, entre os meses de junho e setembro, época da seca, é muito bom passear na cidade, em especial durante os dias da semana. Se não tiver sol, andar pelas ruas do centro, admirar suas casas coloniais, conhecer suas lojas, seu artesanato e suas igrejas é uma ótima opção.
Se for um dia de sol, saindo um pouco do centro da cidade, dá pra conhecer suas praias ou passear de barco. Existem vários roteiros que levam até as ilhas e prainhas da baía de Paraty.
Uma dessas ilhas é a do Araújo, onde será possível conhecer a vida dos legítimos caiçaras. Já a Ilha dos Cocos é ideal pra um mergulho livre em águas cristalinas.
Paraty tem ainda uma outra particularidade: é lá que está o único fiorde brasileiro. Fica no Saco do Mamanguá, margeado por um braço de mar e pelas montanhas da Mata Atlântica. Ali tem a vila dos pescadores, um local habitado pelos caiçaras, o povo nativo da região. Pra chegar só de barco, ou para os mais corajosos e aventureiros, numa caminhada de alguns dias.
Do lado da serra, existem inúmeras cachoeiras e muitas trilhas construídas por escravos nos séculos 18 e 19.
Para quem fica mais tempo na cidade, dá pra ir até a vila de Trindade, ou fazer trekking pela Mata Atlântica até a piscina natural do Caixadaço, ou ainda conhecer uma vila de pescadores e praias desertas, ou ir até o Tobogã, uma cachoeira que faz jus ao nome.
Mas Paraty tem muito mais, tem muitas outras praias, cachoeiras, natureza, e é realmente, um passeio indispensável. Se você ainda não conhece, não perca tempo. Paraty é sol, é praia, é natureza, é história, é cultura.