Com a 34ª. Bienal Internacional de Arte Contemporânea de São Paulo, a capital inteira está respirando arte e cultura. Até dezembro, o prédio da Bienal expõe obras de arte de mais de 90 artistas nacionais e internacionais, mas este ano tem novidade porque a Bienal vai rodar a cidade. É que, em outros 25 espaços acontecem mostras paralelas, além de outras performances artísticas, todas relacionadas à própria Bienal.
O MAM – Museu de Arte Moderna levou para o seu espaço trabalhos de artistas indígenas dos povos baniwa, guarani mbya, huni kui e yanomami entre outros. Tem pinturas, desenhos, fotos e um vídeo, que podem ser vistos de terça a domingo, das 10h às 18h, com entrada gratuita.
O SESC Pompéia, considerado pelo jornal “The New York Times” uma das 25 obras arquitetônicas mais importantes construídas depois da Segunda Guerra Mundial, é outro espaço aberto para uma mostra paralela da Bienal. Expõe obras do chileno Alfredo Jaar e uma instalação denominada “The Sound of Silence”. A entrada também é gratuita.
O Museu Afro Brasil tem colagens da artista nigero-norueguesa Frida Orupabo. Ela mescla fotos com imagens da internet e aborda questões sobre raça, gênero, identidade e sexualidade, com enfoque para a violência entre as mulheres negras. O Museu Afro Brasil, no Parque Ibirapuera, fica aberto de terça a domingo, das 10h às 17h. Ingressos R$15,00, gratuito às quartas-feiras.
A Casa do Sertanista, que é um dos espaços da rede Museu da Cidade de São Paulo, e que chegou a abrigar a Embaixada dos Povos da Floresta, tem a instalação “Plantasia Oil Company” do artista equatoriano Adrián Balseca. Ele aborda as dinâmicas extrativistas e expõe uma série de latas da indústria petroquímica usando-as para o cultivo de plantas nativas da Amazônia. Tem também exposição de fotos do Arquivo Visual Amazônico com imagens que documentam a devastação ecológica da Amazônia equatoriana. Entrada gratuita, de terça a domingo, das 10h às 16h.
“Noa Eshkol – Corpo Coletivo” é uma exposição de tapeçarias que está na Casa do Povo, na Rua Três Rios e também na Bienal. A coreógrafa Noa Eshkol traz trabalhos feitos por seus dançarinos com aparas e pedaços de tecido. Além das tapeçarias em grandes dimensões, a exposição tem documentos e vídeos de ensaios do The Chamber Dance Quartet e as pesquisas da artista israelense com crianças em kibutzim.
A Japan House também abriu as portas para participar dessa Bienal com a mostra “Parade” da artista japonesa Yuko Mohri, que se inspirou no emaranhado de cabos pelos postes e os preparativos para o Carnaval.
Até dezembro ainda tem muita coisa boa para acontecer. E é bom lembrar que, em todos os espaços, são respeitados os protocolos da Covid e o uso de máscaras é obrigatório.