Ainda vivemos tempos de pandemia. Lentamente as pessoas estão sendo vacinadas, muita gente, com os devidos cuidados, voltou à ativa, mas ainda existe uma parcela da população que prefere ou precisa ficar em casa. E o que fazer para preencher o tempo?
Tem gente que se aventurou na pintura em telas…se deu bem, se revelou e está explorando um dom que nem sabia que tinha. Tem gente que começou a cuidar das plantas do jardim, fez pequenos cursos na internet e hoje admira suas belas suculentas, violetas e orquídeas. É um ótimo, saudável e belo passatempo.
Outras pessoas se dedicaram à leitura, conseguiram colocar em dia a lista de bons livros, ou aproveitam os streamings, são tantos agora, que oferecem uma infinidade de filmes e séries de todos os gêneros e para todos os gostos. Algumas pessoas resolveram se dedicar à culinária e até se especializaram na panificação.
E quem ainda não se encontrou pode aproveitar a infinidade de cursos gratuitos disponíveis na internet, afinal, o importante é preencher o tempo com atividades que tragam prazer e alegria.
Mas tem uma atividade que explora ou faz despertar os dons artísticos e a sensibilidade de uma pessoa. É simples e ainda decora sua casa: a Ikebana, que é a arte de, harmoniosamente, arranjar flores, ramos e galhos naturais, com base em regras e simbolismos pré-estabelecidos.
Existem vários estilos, que na verdade atendem às demandas de cada época. Diferente dos arranjos florais ocidentais, a Ikebana busca a linearidade, o ritmo, a cor e a harmonia.
Tudo, em um arranjo “Ikebana” tem significado. Flores integralmente desabrochadas representam o passado; flores semi desabrochadas representam o presente; flores em botão, prestes a desabrochar, representam o futuro.
O tamanho dos galhos também tem significado. O primeiro galho simboliza o sol e deve ser maior, os ramos secundários representam a lua e a terra. Enfim, o intuito é unir arte e técnica que resultem em alegria e bons fluídos para o ambiente.
No mundo existem mais de três mil escolas diferentes de ikebana, algumas são mais populares, como a Ikebana Sanguetsu, estilo criado por Mokiti Okada e desenvolvido na fundação do mesmo nome, que atua em São Paulo. Este estilo prioriza os arranjos naturais, mantendo-os o mais próximo de como se encontra na natureza. Sua meta é elevar o nível do sentimento e do espírito humano e harmonizar o ambiente.
A Aliança Cultural Brasil-Japão eventualmente oferece cursos e também tem a Ikebana Daishizen, uma escola especializada que oferece cursos e workshops, orientando sobre os vários estilos.
Ainda em função da pandemia, muitos desses locais ainda estão evitando cursos presenciais mas, quem quiser iniciar nessa arte pode aproveitar dicas no YouTube. Tem o canal da USP, da Fundação Mokiti Okada TV, da TV NIKKEY, da Aliança Cultural Brasil Japão e Casa da Cultura Japonesa, entre outros. Vale a pena te
Kibacana a Ikebana.