Por Diego Cerqueira
As definições e o verdadeiro significado da Yoga ficaram claros no artigo da semana passada. Resumidamente, Yoga é a busca pelo equilíbrio integral do ser, é a cessação das oscilações da mente, então, para alcançarmos este equilíbrio, em uma aula de yoga você vai treinar três classes de práticas: ásanas, pranayamas e dhyana – apertando a TECLA SAP temos – POSTURAS, RESPIRAÇÕES e MEDITAÇÃO. Exatamente nessa ordem, e isso é importante.
Nós começamos com aquilo que é mais sólido, mais fácil da mente perceber que são as POSTURAS, elas atuam em um nível físico. Com o tempo, melhoramos nossa capacidade de concentração e apontamos nossa prática para aspectos mais sutis como a RESPIRAÇÃO e, finalmente, a cereja do bolo – a MEDITAÇÃO.
A grande sacada para quem está iniciando é perceber que mesmo quando fazemos as posturas, nós estamos querendo é trabalhar com a nossa mente. Mas afinal, para que devo treinar minha mente?
Quando entendemos e nos dedicamos à yoga, acabamos desenvolvendo um grau de liberdade nunca antes experimentado. Uma vez que conseguimos, conscientemente, estabilizar o nosso foco de atenção onde quisermos, acabamos nos tornando senhores de si mesmo. Em outras palavras, o praticante ganha autonomia de como reagir aos diversos desafios que a vida coloca em seu caminho.
Se pararmos para pensar de forma lógica, ampliar o nosso autocontrole é o único caminho seguro para lidarmos com as frustrações que cedo ou tarde iremos experimentar. Uma vez que é impossível controlar o mundo e as pessoas à nossa volta, o praticante de yoga torna o olhar para si mesmo e procura lapidar a sua própria mente, primeiro estabilizando os pensamentos para que em seguida surjam clareza e lucidez.
Buscamos na prática do yoga uma nova forma de nos posicionar no mundo, fortalecendo nossa mente para que não sejamos afetados negativamente pelo imprevisível acaso.
“Não, isso não é pra mim. Sou muito agitado”
Sei que muitos podem pensar que isso seria uma missão impossível, uma vez que a percepção da própria mente é que tem um furacão rodando dentro da cabeça. Mas, isso não é verdade. Eu convivi a vida inteira com uma pessoa extremamente agitada, que passou parte da infância em salas de psicólogos e teve muitos, mas muitos problemas disciplinares e de aprendizado durante os anos de escola.
Essa pessoa chegou a aceitar que era um caso perdido, mas conseguiu, a partir da lucidez gerada pela yoga, criar consciência de si mesmo, empoderar-se e mudar um pouco sua trajetória. Hoje, depois de alguns anos de prática, a mente dessa pessoa adquiriu estabilidade suficiente para poder parar por cerca de uma hora e meia e escrever este pequeno texto para o blog Outros Olhares. Arrisco dizer que essa seria uma tarefa impossível em anos anteriores.
O exemplo… Yes, you can!
Por fim, o que eu quero dizer é que não é um caminho fácil, mas é sim um caminho possível. Pratico yoga há doze anos e sou instrutor há seis anos. Para além do meu próprio exemplo que contei, nesses anos vi muitas pessoas transformando positivamente sua mente com o treino em yoga.
São pessoas que experimentaram a sensação libertadora de estar no controle de sua própria mente, ao ponto de poderem se desprender de quaisquer expectativas e angústias, para se soltar no universo.
Yoga é liberdade e não tem contra indicações. Como dizia um antigo mestre indiano: “A Yoga é um presente da Índia para o mundo”. Penso que para receber tal presente basta ter coragem de buscar a mudança e a disciplina para seguir o caminho. Vai por mim, presente melhor não há! Se você ficou interessado e quer experimentar, vou adorar te apoiar nesta jornada.
Diego Cerqueira é fundador do Espaço Bhavana, praticante de yoga há doze anos e professor há seis anos. Espaço Bhavana – www.espacobhavana.com.br / Instagram: @espacobhavana / Whatsapp: 11 9 9190 1980 – Por conta da pandemia e restrições da fase emergencial em São Paulo, as aulas estão acontecendo 100% online via BhavanaOnline – experimente.