Por Elza dos Santos

“A opinião do autor não reflete, necessariamente, a opinião dos editores desse blog que, entretanto, respeita a liberdade de expressão e diversidade de opiniões”.

Nasci quatro dias antes do desfecho do Getúlio. Meu pai dizia que em momento algum, apesar de ser órfão de mãe desde os 9 anos e trabalhar desde os 7, passou tanto “sufoco” para comer um pedaço de pão, não só pela falta de dinheiro, mas também porque nem toda padaria fazia pão, nem toda padaria tinha farinha de trigo, nem toda padaria estava aberta. Minha Ba andava quilômetros de casa até onde encontrasse uma fila que estivesse esperando liberação de 1 litro de óleo, feijão. . . Era 1954, problemas de uma época.

Dez anos depois outros tombos, outras faltas, outras promessas, mais palavras e, bem, ditadura nunca mais! 1974, formatura do colégio, as amizades permanecem até hoje, confortando nas desventuras e causando alegrias. Que saudade das salas de aula, dos encontros, dos bailinhos, dos tempos da jovem guarda, da copa de 70 – todos na sala sentados em cadeiras de madeiras, no chão, no degrau da entrada, vendo o Brasil na TV que meu pai comprou. 

Já sabíamos cantarolar Beatles, mas eles já não estavam juntos. 

Momentos difíceis, 1984 chegou! Lá vem a esperança novamente, trabalhar, restabelecer as raízes, estruturar as bases, “diretas já”!

Euforia, lágrimas, separações social e pessoal, algumas doídas, porém necessárias para permanência da vida, da sanidade, o só ser ou ser só? Meu pai já não estava por aqui. Sobrinho(a)s  amado(a)s crescendo, outros chegando e todos maravilhosos. 

Chegamos em 1994, esperanças renovadas, um sociólogo na presidência saberia sim saberia comandar, transformar com solidariedade o meu país.

Em 2004 várias alegrias, a busca pela harmonia, o trabalho, a arte, o esporte…

2014 uma Presidenta! De um lado a fé e do outro o inconformismo machista que foi crescendo, crescendo e mais um golpe, outro triste momento no cenário político brasileiro. Estamos há mais de cinco anos num barco “derivando” pra lá, pra cá, acolá, quaquá…quaquá. E já não tenho meu pai nem minha mãe e, também, alguns amigos, parentes próximos, artistas brilhantes…

Hoje cá estamos num país livre (Eu me pergunto, livre de quê?). Tem um presidente que incentiva toda forma de violência, da compra de uma arma até ofensas pessoais como “não conversa ou dá ouvidos para um senador saltitante”. 

Tudo parou para ver a banda passar, não a do Chico Buarque, mas a “guarnição” do presidente, esperar o que depois de 7 de setembro? 

O aumento na conta de luz e eu tenho que brindar o aniversário da Denise. 

2024 é o seguinte ano com final “4”, o seu número é “8”, a sua cor é o rosa e a sua palavra chave é “PERSEVERANÇA”!

Elza Santos, autora do texto, é bacharel em Ciências Políticas e Sociais, estudou filosofia, astrologia, numerologia;
Aposentada, 67 anos e o amor caminha “eternamente” pelo teatro, pelos sobrinhos e por Caio Fernando Abreu

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