Autor: Ana Maria Pieralisi – Psicopedagoga e Coordenadora do Grupo Pedagógico da Dibel entre 1990 e 2008 – anamariapieralisi@gmail.com e @ampieralisi.psicopedagogia 

Todos nós trabalhamos duro o ano todo. 

Vivemos sob pressão – de todos os tipos e, mais especialmente, no trabalho – por 365 dias.

Quando vai chegando o final do ano, parece que os dias não passam. Pesam uma tonelada. Ficamos ansiosos pelos momentos de folga, de relax, que estão por vir. Mas também ficamos agradecidos por tudo o que conquistamos.

Nos tempos de hoje, com a pandemia, a tradicional confraternização nas empresas, ficou relegada a segundo plano. Me faz recordar um passado para me despertar o futuro.

Mas me lembro bem dos tempos em que fazíamos as melhores e mais esperadas festas de despedida, de encerramento do ano, de quando dirigia e coordenava um dos setores da Dibel, voltado para portadores de necessidades especiais. Pra amenizar um pouquinho o stress de todo um ano de árduo trabalho e, claro, também para agradecer, fazíamos a Festa de Confraternização. Sempre no 2º sábado de dezembro. Todos eram convidados: colaboradores, familiares, amigos, fornecedores… Uma celebração vital. As Festas eram momentos mágicos, esperados e preparados. 

Era uma delícia participar da trajetória para nosso encontro. Tudo começava uns dois meses antes escolhendo e votando para o tema da festa – sempre à fantasia. Tinha até boca de urna na hora da votação, sempre em dois turnos. O clima já envolvia a imaginação de toda a equipe. Com o tema definido, as conversas eram sobre qual seria a escolha de cada um pra fantasia. Um mês antes, as salas, recepções, corredores, escadas, rampas recebiam os lindos enfeites de Natal deixando a Clínica mais bonita, com um gostoso clima natalino que sinalizava que a nossa festa estava próxima. Tudo era muito bem preparado e organizado pela Odilia e Isabel.  Pessoalmente cuidavam de tudo; elaboração do cardápio, cozinhar, comprar, decorar, de receber, acolher e cuidar amorosamente para a noite ser um bálsamo de alegria.

O salão, que ficava no terraço, era montado e organizado com mesas, cadeiras, pista de dança, praça das comidas, das frutas, das bebidas, dos pratos/talheres. Tudo era pensado, escolhido e preparado para receber em torno de 130 pessoas e elas sempre queriam transformar aquele momento em uma grande celebração, e conseguiam. E onde há pessoas, há festa, e que festa.

A comida e a bebida rolavam por toda a noite. O cardápio era maravilhoso, perfeito além de delicioso, era proibido alterações, por isso esteve presente por 17 anos.  Numa mesa grande iam uns 15 tipos de queijo – além dos tradicionais, também queijo de cabra, granapadano, brie, camembert, gorgonzola. E as bandejas de frios, e as saladas – caponata, pimentões, frango. E os pães…muitos, de todos os tipos.  Ao lado, uma linda mesa de frutas variadas. Espalhadas pelo salão, taças de gelo com os vinhos, cervejas, refris.

Era um deleite. Uma diversidade de cores, odores, sabores e emoções.

Começava às 20 horas. A expectativa era ver e fazer ver as fantasias, sempre caprichadas, divertidas. A leveza, a conversa, a música e a dança estavam presentes.

A noite seguia assim: se servir na mesa, comer, pegar umas frutas, cantar, dançar. Voltar lá, comer de novo, pegar umas frutinhas, dançar, cantar…até as quatro da manhã, festejando. Fotos, brincadeiras, cantoria, dançar sozinho, com um par ou em grupo. Valia tudo.

Assim que a festa terminava, já queríamos a do próximo ano.

Dava pra recuperar o fôlego pra mais 365 dias de trabalho. Tempos de encanto, magia, união. Tempos de abraços, tempo felizes.

 A DI e a BEL deixaram marca em forma de trabalho, dedicação e celebração.

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