Li esta semana no Facebook uma frase do historiador e professor Leandro Karnal: “Amigos são um dom e uma conquista. Um dom porque surgem inexplicavelmente e permanecem, uma conquista porque implicam cultivo”.
E decidi falar sobre isso, em especial pelo momento tão delicado que estamos vivendo, onde os amigos são fundamentais para manter nossa sanidade, mas também porque não dá para fugir da conclusão de como é bom e importante ter amigos.
Ao longo da infância temos muitos: na rua ou no condomínio onde moramos, na escola, no clube, enfim, quando criança todos são amigos. Na adolescência e juventude já fazemos escolhas, já temos opinião, gostos diferentes e selecionamos quem mais combina com nosso jeito de ser, quem participa das nossas atividades, loucuras e ou baladas.
Na idade adulta tudo começa a mudar, a responsabilidade chega e, obrigatoriamente, num primeiro momento, as amizades normalmente ficam em segundo plano. É o momento de ganhar dinheiro, de se casar, de formar uma família e poucos são os que conseguem manter o vínculo da amizade, ou melhor, nesta fase da vida as amizades mudam, normalmente, casais se relacionam com casais.
Mas tem algo que não muda jamais: os verdadeiros amigos, esses permanecem. Alguém já disse isso e é verdade: o tempo passa, a distância existe, mas os verdadeiros amigos continuam ali, naquele espaço dentro do nosso coração e da nossa vida e se precisarmos deles, sabemos que estarão presentes.
Cerca de cinco anos atrás, graças às redes sociais, pude reencontrar algumas amigas e amigos do colégio. Quase cinquenta anos depois, conseguimos reunir uma turma considerável em encontros casuais, onde pudemos perceber que independente do casamento, dos filhos e da vida ocupada de cada um, independente do que enfrentamos nesses anos separados, não esquecemos uns dos outros, ainda somos os mesmos.
Todos tiveram suas vidas, quase todos se casaram, quase todos tiveram seus filhos, alguns já tem netos, outros já estão novamente solteiros, alguns aposentados, outros ainda na ativa, mas a essência de cada um não mudou e como é bom perceber isso!
Como é bom saber que ainda podemos conversar da mesma maneira, sobre a vida que passou e sobre planos para o futuro. A pandemia atrapalhou um pouco, fomos obrigados a novamente nos separar, mas felizmente temos as redes sociais e as “lives” que permitem manter o contato e agora preenchem nosso tempo.
Amigos são bençãos. Agradeço às amizades que mantive, aos novos amigos que fiz e afirmo categoricamente que “a nossa vida seria “terrivelmente” sem graça sem os amigos.
Encerro com Vinicius de Morais…“que morram todos os meus amores, mas enlouquecerei se morrerem os meus amigos, pois não há nada mais precioso do que uma amizade verdadeira”.
