Para alguns, economizar ainda pode ser sinônimo de pão-durismo, enquanto para outras pessoas é uma maneira inteligente de se preparar para o futuro. Para esses, que buscam fazer com que sobre algum dinheiro no final do mês, sempre há novas dicas de economia. Aqui nesta seção do @outrosolharesblog temos escrito bastante sobre a importância do planejamento financeiro, do controle sobre seu dinheiro, da necessidade de termos reservas financeiras e dos instrumentos disponíveis para realização dessas tarefas, que por fim, podem proporcionar-lhes a realização de seus melhores sonhos. 

Muitas das orientações de que tratamos são por demais conhecidas, já praticadas por muitos, fazendo parte do dia a dia das pessoas que se pautam pelo bom senso e prudência. Usar planilhas de gastos e receitas, cortar supérfluos, renegociar dívidas, disciplinar o uso dos cartões, fazer sobrar para investir, buscar conhecimento e agir com prudência nos investimentos estão entre essas recomendações mais repetidas, mas que nem por isso devem ser relegadas ou ignoradas. 

Entretanto, há outras formas menos usuais, algumas até engraçadas, mas igualmente, eficientes. A diferença é que estas, de modo diferente daquelas já mencionadas, não são eficientes para todos. Aliás, não são sequer aceitáveis para alguns. Questões de cultura, de formação e de personalidade impactam nossas decisões e é muito bom que seja assim. A individualidade é um bem de que não devemos abdicar, exceto quando ela traz prejuízos à vida em sociedade.

Vejamos um exemplo típico da cultura japonesa, embora não tão recorrente como no passado. Lá, como cá, todo mundo reconhece o chuveiro como o grande vilão da conta de energia. Assim, as banheiras representam um item importante de uma casa japonesa. Lugar de relaxamento e de banho. Há famílias que preferem tomar banho juntas: as crianças geralmente tomam banho com os pais até o início da adolescência. Para os japoneses, essa é uma forma comum de passar tempo com a família, assim como assistir televisão juntos, além, é claro, de representar economia de gastos.

Os australianos, por sua vez, evitam usar o ferro de passar roupas. É um hábito de grande parte da população pendurar as roupas, após a lavagem, num cabide e colocá-las próximo ao box do chuveiro para que o vapor da água do banho faça o papel do ferro de passar. Pode não ser recomendado para roupas sociais, mas vale para a maioria das peças de vestuário, cama, mesa e banho. 

Na Coréia do Sul, que tem invernos implacáveis, famílias optam por montar barracas dentro de casa (sala e quartos) para evitar o uso de aquecedores elétricos e do aquecimento central. Por sinal, aquecimento central, assim como em muitos países de invernos rigorosos, é coisa de famílias ricas, não apenas pelo grande consumo de energia, mas, também, pelo preço do equipamento em si. Algumas donas de casas sul coreanas compram roupas escuras para diminuir a frequência das lavagens, economizando água e sabão. 

Só chineses muito ricos frequentam academias, embora seja um dos povos que mais se exercitem no mundo. A ginástica matinal é um hábito nacional praticado em parques, nas empresas e nas casas. Uma bicicleta, em alguns casos, custa menos que três meses de mensalidade na academia e traz muito mais benefícios, além da sua óbvia utilidade para os deslocamentos. Saindo um pouco do assunto: academia é lugar de exibição; de busca de formas, não de saúde; em suma: um lugar para hedonistas e, pior, esbanjadores.

Aí vão as duas últimas dicas. Não vá ao shopping quando estiver de mau humor e estabeleça o dia (da semana ou do mês, a seu critério) “zero gastos”. De mau humor, nossa tendência é de auto recompensa, ou seja, comprar coisas que nos agradem, ainda que desnecessárias. E o dia de “zero gastos” significa um dia sem nenhum desembolso. É difícil? Claro que é, mas teria graça se fosse fácil?

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