E, finalmente, chegou o momento das Olimpíadas 2020! Empurrada e adiada para 2021 por um vírus que ainda domina o mundo e rege a vida dos seres humanos. Mesmo após esses 18 meses de pandemia, a terrível doença não permite o grande espetáculo dos Jogos Olímpicos, onde os competidores não poderão ouvir o clamor da torcida, os aplausos para as vitórias – não só para as medalhas – e os choros pelas derrotas. A emoção de cada atleta ficará confinada dentro dele mesmo, solitária, e, na falta do abraço, fica o consolo de saber que o mundo estará vendo pela TV, na maior distância possível e confiável. 

Ainda sob o domínio do terrível vírus, as Olimpíadas terão, mais do que nunca, o objetivo de mostrar o quanto o ser humano pode se superar, quer nas atividades do corpo, quer nas da mente. Os atletas tiveram que buscar, por todo e qualquer meio, caminhos novos para manter e evoluir nos próprios limites, nas condições físicas e mentais. Certamente muitos se perderam nessa onda de reclusão imposta pela pandemia, e viram cair por terra os estímulos internos e externos, deixando-se invadir por desânimo e depressão, abandonando os nobres objetivos olímpicos e dando espaço a outros tantos atletas que conseguiram vencer esses obstáculos e, estarão lá, na disputa para ser o melhor. 

No coração e pensamento de cada atleta que está em Tóquio, estarão cravados os objetivos dos Jogos. A bandeira olímpica, com seus cinco anéis coloridos, estará hasteada, confiando que a união dos povos – de raças, credos, opções de vida – será respeitada em todos os seus níveis. A Tocha ou Chama, que representa a pureza da eterna juventude olímpica, é acesa nas ruínas de Olímpia, na Grécia, por raios de sol refletidos por um espelho. A chama produzida é levada ao país sede dos Jogos, onde vários atletas se revezam para transportá-la e mostrá-la a todos os objetivos iniciais, mantendo firme e forte o elo entre os jogos da antiguidade e os jogos contemporâneos.

A medalha, sonho de todo competidor, vai premiar os três que melhor performarem em cada categoria e, no podium, com seus degraus desnivelados, vão receber, além da medalha no peito, a coroa de louros na cabeça, e a consagração mundial. A quem estiver no degrau mais alto cabe a medalha de ouro e a forte emoção de ouvir o hino do próprio país, o orgulho de representá-lo e de ter conseguido o prêmio máximo. Bem mais recentemente, criaram a figura da Mascote Olímpica, algum personagem que represente a cultura do país anfitrião, numa função bem comercial.

Os Jogos Olímpicos de 2020, realizados em 2021, com protocolos muito diferentes das edições anteriores, vão realmente colocar em prática os seus nobres objetivos e simbolismos.  A união dos povos, sem qualquer discriminação, está sendo colocada à prova na competição contra um invasor potente. Com objetivo único, cientistas, laboratórios, líderes políticos e econômicos, população, correm na busca de entregar a chama da vida em todos os cantos do mundo. Milhões de vidas e situações ficaram – e temo que ainda ficarão – impedidas de prosseguir, por diversas razões – erro de preparação, de visão de futuro, na estratégia – deixando dúvidas e desconfianças nas condutas adotadas; o dopping da corrupção, que pode levar à conquista, bastante efêmera, prejudicando os que realmente buscam a vitória que regozija a todos.

O Barão de Coubertin está atento! O ideal olímpico estará à prova nas próximas semanas. Citius, Altius, Fortius – o mais rápido, o mais alto, o mais forte – resume a postura que um atleta precisa ter para atingir o seu objetivo. E todos nós também!

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