Foto: Acervo Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo coleciona uma infinidade de histórias. De alegrias, de tristezas, de dor e muitas outras, que para muitos são inacreditáveis.

É um local que, certamente, para quem acredita, é cheio de espiritualidade, e não são raros os relatos que revelam milagres ou situações incompreensíveis.

Aliás, os relatos não são apenas de pacientes, muitas vezes, os funcionários, estudantes ou médicos, também são testemunhas dessas situações.

Bem, minha mãe tinha 89 anos de idade, quando precisou ser submetida a uma cirurgia para colocar prótese no joelho.

Apesar dos riscos, pela idade, pela anestesia e pela própria cirurgia, ela decidiu que se submeteria. 

E tudo correu bem, tão bem que nem precisou de UTI, ela ficou apenas na sala de recuperação, até passar o efeito da anestesia.

Algumas horas se passaram, e finalmente ela chegou ao quarto,  acordada, lúcida, conversando normalmente, agradecendo a Deus e aos médicos porque estava bem.

E eu fiquei ao lado dela, sentada numa cadeira, onde deveria passar a noite.

Minha mãe é evangélica. Agora não vai mais à igreja, mas faz suas orações, lê a Bíblia e constantemente, cumprindo o que considera uma obrigação, continua passando para os filhos e netos, alguns ensinamentos. 

E naquela noite, em determinado momento, ela vira pra mim e pergunta se eu estava ouvindo um pastor falando e os hinos. Ela queria saber onde estava acontecendo. 

Pensei até que ela tinha sonhado ou que poderia ainda estar sob efeito dos remédios. Dizem que as pessoas ficam confusas quando tomam anestesia mais forte.

De madrugada, no segundo ou terceiro andar do prédio da Ortopedia da Santa Casa, é lógico, não tinha nada disso.

Eu disse que ela estava sonhando, mas ela continuou conversando normalmente e insistiu, disse que estava ouvindo alguém falar e cantar lindos hinos. 

Falei pra ela dormir e tentei também cochilar um pouco.

De repente ela pergunta: ”que crianças são essas, vestidas de branco, andando em fila pelo corredor?

Mas ali não tinha criança alguma…

Até hoje, depois de 15 meses, com seus quase 91 anos, ela afirma com toda certeza que ouviu um pastor pregando, pessoas entoando hinos e crianças de branco brincando nos corredores da Santa Casa. 

E eu acredito nela: acho que ela viu anjos… 

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